As viagens lá em casa são um bem essencial. Temos tido a sorte de conseguir viajar todos os anos e é realmente um vício.
Com o nascimento do Joaquim estávamos com algum medo de perdermos esse hábito, mas rapidamente percebermos que só dependia de nós.
Sabíamos perfeitamente que não seriam viagens iguais às anteriores, mas essa era também a parte divertida - uma prova de superação.
E imbuídos desse espirito aventureiro, na última semana da minha licença de maternidade (em Maio do ano passado) o Joaquim com praticamente 5 meses, partimos para os Açores.
E imbuídos desse espirito aventureiro, na última semana da minha licença de maternidade (em Maio do ano passado) o Joaquim com praticamente 5 meses, partimos para os Açores.
A viagem foi um sucesso e por isso também decidimos que em Outubro de 2016 íamos dar um salto a Berlim também com o Joaquim.
Esta viagem já precisou de um pouco mais de planeamento já que o Joaquim, com 1 ano e meio, já iria estar mais acordado, mais exigente e mais activo.
Esta viagem já precisou de um pouco mais de planeamento já que o Joaquim, com 1 ano e meio, já iria estar mais acordado, mais exigente e mais activo.
Como sou um pouco freak dos preparativos e da gestão de expectativas, li imenso sobre o tema "viajar com crianças" o que nos ajudou muito.
Como achei esses artigos interessantes, decidi de fazer um meu, com o resumo do que resultou connosco:
1 - Tem tudo a ver com expectativas
Não vale a pena estar à espera de conseguir fazer as 40 coisas por dia e andar a correr de um lado para o outro para conseguir ver tudo o que se quer. É uma viagem a 3(ou a mais) e portanto o plano tem que acomodar coisas estranhas nas quais nunca pensámos antes: 30 minutos a tentar trepar a um pilarete do meio da rua, 45 minutos parados no meio da rua a brincar com folhas das arvores no chão, etc
2 - férias não é vida real
fomos bem mais descontraídos com horários, alimentação, sestas e regras em geral.
O Joaquim passou 5 dias sem comer sopa, dormiu a sesta todos os dias na cadeirinha de passeio, trocou fraldas ao relento, adormeceu na nossa cama todas as noites, jantou papa 2 dias seguidos, viu desenhos animados de manhã. Tudo coisas que não gostamos de fazer em Lisboa, mas que em férias até sabe bem descontrair um bocadinho.
3 - as viagens de avião não são um bicho de 7 cabeças
É verdade que até agora só fizemos viagens relativamente curtas mas cada vez mais chego à conclusão que se eles virem que os pais estão calmos, eles próprios se vão sentir confiantes.
Mas há umas quantas coisas que ajudam:
- Comida - bolachas, fruta, leite, água vale a pena levar a mais do que a menos. Não só entretém como os mantem mais calmos em caso de atrasos.
Para além disso se possível um biberon com leite o água para os por a engolir na subida e na descida do avião para ajudar com os estalinhos dos ouvidos (resultou na perfeição, não houve um único queixume de ouvidos nas 2 viagens)
- Brinquedos - Aquilo que resultou connosco foi:
- 2 livros com muitas imagens para entreter tanto no avião como em restaurantes e cafés.
- 1 boneco de peluche de eleição para fazer parte da aventura (o Joaquim ao explicar à avó com quem tinha ido a Berlim ainda hoje diz: Mãe, Pai e Pato
- Mega blocks - são legos gigantes que são optimos para os entreter. Levámos 10 pecinhas apenas e foram uma bênção mais uma vez para o voo, restaurantes e cafés.
- Autocolantes - uma maravilha! como não tem ainda muita destreza o Joaquim passou grande parte do voo a tentar descolar os autocolantes dos dedos e a passa-los para o papel. Um sucesso!
Para além disso só mesmo tenho mais uma coisa a acrescentar: É possível que haja coisas que não vamos conseguir controlar durante a viagem. O melhor mesmo é manter a calma e pedir desculpa às pessoas quando for necessário.
4 - Aproveitar todos os momentos
Sim, houve alturas em que questionámos a nossa própria sanidade mental (um desses momentos foi quando o Joaquim fez xixi por fora da fralda quando sentado num sofá de cabedal com muito bom aspecto num restaurante "da moda"), mas maior parte das vezes é muito divertido vê-lo a reagir a coisas novas, a descobrir estatuas de cavalos em cima de edifícios históricos, a vibrar com os parques infantis tão diferentes dos nossos, a interagir com as pessoas quando não fala a língua (já dizia Tschüss, que é adeus em alemão, à saída dos restaurantes e cafés), a vibrar com os músicos de rua, etc.
É giro e faz parte. Quisemos um filho porque nos sentimos preparados para viver uma vida diferente da que tínhamos até a essa data. O mesmo se aplica às viagens. Estamos prontos para viajar de forma diferente - e adoramos!
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